“Com absoluta maestria, Gustavo Gasparani brinca em cena como se fôssemos crianças impressionadas com a maldade do mundo. Concilia narração e representação, performance e exposição, em voo livre.” Tania Brandão
“Ricardo III”, obra de William Shakespeare, um dos maiores dramaturgos do teatro ocidental, pelas mãos do ator Gustavo Gasparani e do diretor Sergio Módena, participa de festivais pelo país, vindo de temporadas de enorme sucesso no Rio de Janeiro, com lotação esgotada e elogios do público e crítica no Espaço SESC, no Teatro Maria Clara Machado e no Teatro Poeirinha. As palavras de Fernanda Montenegro, a seguir, comprovam esse reconhecimento: “Todas as glórias para Gustavo, pela inteligência, qualidade de ator, pela a coragem de enfrentar um texto dessa ordem e nos prender o tempo todo com tanta integridade e com tanto talento”. Gustavo Gasparani recebeu indicações aos Prêmios Shell e Cesgranrio como melhor ator por este espetáculo e também foi indicado como diretor e autor pelo espetáculo Samba Futebol Clube, que teve no total doze indicações.
“Ricardo III” narra um pedaço da história da Inglaterra. É um dos primeiros dramas históricos escritos por William Shakespeare e encerra em si um dos contos mais tenebrosamente sedutores que já se ergueram em cena. Sua obra encanta diferentes gerações graças à universalidade dos seus temas e à beleza poética que emerge de sua escrita.
O texto traz uma visão rica dos bastidores políticos no que se refere à imoralidade e à ambição desmesurada para se alcançar o poder. Mesmo tendo se passado pouco mais de quatro séculos, os temas abordados servem para refletirmos sobre o mundo em que vivemos. “Ricardo III” discute a luta por poder, intrigas, e a hipocrisia da política.
Nesse projeto, Gustavo Gasparani e Sergio Módena voltaram a trabalhar juntos. A dupla já havia firmado uma parceria de sucesso em 2012, quando dirigiram o musical “As Mimosas da Praça Tiradentes”, que deu a Gustavo o prêmio Shell de melhor ator. Em 2013, Sergio Módena dirigiu “A Arte da Comédia”, que já acumula nove indicações entre os principais prêmios teatrais do Rio de Janeiro, incluindo o prêmio Cesgranrio de melhor direção, e foi indicada como uma das 10 melhores peças do ano na retrospectiva de teatro feita pelo jornal O Globo recentemente.
Em “Ricardo III”, Gustavo Gasparani e Sergio Módena também assinam a adaptação do texto de Shakespeare, que propõe um único ator para “contar” essa história fascinante.
O figurino de Marcelo Olinto se resume a calça jeans, uma blusa cinza e tênis. No palco estão uma luminária, uma mesa, um quadro negro, pilots, um apagador e um cabideiro, com os quais Gasparani “contracena” em cenário criado por Aurora dos Campos.
Essa adaptação de “Ricardo III” entra em contato, de forma clara e simples, com a obra de William Shakespeare. Afinal, as questões levantadas pelo bardo inglês continuam pungentes, pertencem às ruas, aos homens e mulheres de qualquer idade e classe social. Enfim, pertencem ao nosso mundo que, cada vez mais tecnológico, pode ser terrivelmente primitivo quando o lado sombrio de nossa natureza se manifesta perante o mais ínfimo vislumbre de poder.
Um espetáculo de linguagem popular e acessível, que transita entre a construção poética original de Shakespeare e intervenções narrativas para revelar a alma humana. Assim como fazia Shakespeare em seu tempo.
Sinopse
Encenada pela primeira vez entre 1592 e 1593, com enorme sucesso, a peça se passa no final da Guerra das Rosas (1455-1485), conflito sucessório pelo trono da Inglaterra ocorrido entre 1455 e 1485 que coloca em choque político os dois ramos da dinastia Plantageneta: a Casa Real de York e a Casa Real de Lancaster. Ricardo, Duque de Gloucester – que de fato governou a Inglaterra de 1483 a 1485 –, não sente remorso algum ao eliminar seus adversários, tramando complôs, traindo familiares e casando-se por interesse com o único fim de chegar ao trono. Shakespeare retratou Ricardo III exagerando-lhe as características físicas de feiúra e sua maldade pessoal, criando um vilão fascinante aos olhos do público. Além disso, os diálogos elaborados pelo autor no fim do século XVI chegam ao século XXI, em toda a sua força, carregados de maldades, ressentimentos e ódios à flor da pele, legítimos duelos verbais.
Autor: William Shakespeare
Adaptação: Gustavo Gasparani e Sergio Módena
Direção: Sergio Módena
Ator: Gustavo Gasparani
Direção Musical: Marcelo Alonso Neves
Direção de Movimento: Marcia Rubin
Cenário: Aurora dos Campos
Figurino: Marcelo Olinto
Iluminação: Tomás Ribas
Direção de produção: Alice Cavalcante
Produção: Coisas Nossas Produções Artísticas e Sábios Projetos
Serviço:
Duração: 90min
Classificação: 12 anos
- SESC Pinheiros │ São Paulo – SP, abr e mai/2015
- Galpão Gamboa │ Rio de Janeiro – RJ, fev/2015
- Mostra Gandarela Cultural │ Belo Horizonte – MG, dez/2014
- Cidade das Artes │ Rio de Janeiro – RJ, out/2014
- FITA │ Angra dos Reis-RJ, nov/2014
- Teatro Dulcina │ Rio de Janeiro – RJ, nov/2014
- FIAC │ Salvador – BA, nov/2014
- Colégio Andrews │ Rio de Janeiro – RJ, out/2014
- Teatro Poeirinha │ Rio de Janeiro – RJ, mai a ago/2014
- Teatro Maria Clara Machado │ Rio de Janeiro – RJ, abr e mai/2014
- Festival de Curitiba │ Curitiba-PR, mar/2014
- Espaço Sesc, Mezanino │ jan e fev/2014 (temporada de estreia)
“Com uma atuação limpa, sem exibicionismos gratuitos, Gasparani confirma seu reconhecido talento ao incorporar trejeitos e personalidades inteiramente distintos. Imperdível!” Rafael Teixeira, Veja Rio **** (4 estrelas)
“Com absoluta maestria, Gustavo Gasparani brinca em cena como se fôssemos crianças impressionadas com a maldade do mundo. Concilia narração e representação, performance e exposição, em voo livre.” Tania Brandão
“Sob todos os pontos de vista, uma montagem maravilhosa, protagonizada por um dos atores mais brilhantes do teatro nacional.” Lionel Fischer
“O ator domina a palavra shakespeariana na dimensão da sua força e na potência de seu alcance.” Macksen Luiz, O Globo
“Um espetáculo que veio para marcar. Daqui a muitos anos, ainda se ouvirão comentários, todos elogiosos, sobre “o RICARDO III, de Gustavo Gasparani e Sergio Módena”. Gilberto Bartholo
– Indicado aos Prêmios Shell, Cesgranrio 2014 e APTR – categoria melhor ator.
– Ganhador do prêmio FITA de Melhor Ator para Gustavo Gasparani