“O dia do Grande Concurso do Homem-Pássaro se aproxima, e a pequena cidade onde Lizzie vive com o pai começa a se preparar para receber os muitos participantes vindos dos quatro cantos do globo. Todos têm em comum o sonho de voar, e para o conseguir servem-se dos mais variados truques – foguetes, elásticos gigantes ou até hélices de helicóptero. Mas Jack, o pai de Lizzie, precisa apenas de uma coisa… das suas próprias asas! São coloridas e feitas de penas verdadeiras, e Jack acredita que irão levá-lo a cruzar os céus num voo de sonho… na companhia da sua querida Lizzie. Será que vão conseguir ?”
Espetáculo baseado no livro homônimo do premiado escritor inglês David Almond. Esta fábula ocupa o território do fascínio humano pelas alturas, a utopia do reino alado, e nos apresenta de forma poética e bem humorada, a história de Lizzie e seu pai Jack. Ela é uma menina de 9 anos que convive com a perda da mãe e com o comportamento excêntrico do seu pai, que acredita ser um pássaro. Ele corre pela sala agitando os braços, pia, grasna e até come minhocas.
Baseada no livro homônimo do premiado escritor inglês David Almond, esta fábula ocupa o território do fascínio humano pelas alturas, a utopia do reino alado, e nos apresenta de forma poética e bem humorada, a história de Lizzie e seu pai Jack. Ela é uma menina de 9 anos que convive com a perda da mãe e com o comportamento excêntrico do seu pai, que acredita ser um pássaro. Ele corre pela sala agitando os braços, pia, grasna e até come minhocas.
Astuta e aberta ao imaginável, Lizzie embarca no universo particular do pai, o espaço dos pássaros com seus ninhos, bicos, penas e vôos. O trampolim para a sua entrada neste universo é o “Concurso do pássaro humano” onde concorrentes do mundo todo se encontram para testar a possibilidade humana, com métodos diversos de propulsão, de voar.
Participando da fantasia do pai, a menina aprende a apreciar o colorido e a maciez das penas dos pássaros, a construir ninhos aconchegantes e a montar asas enormes. E, mais do que isso, aprende a aceitar o carinho daquele homem tão especial e tão diferente dos outros.
Esta obra é um sopro de inspiração de como o amor unifica as diferenças e como a esperança realiza novas possibilidades de existência. Como o próprio Jack diz, respondendo à pergunta de como pretende vencer o concurso:
“Eu tenho as minhas asas e a minha fé!”
“O autor usa os pássaros e o vôo humano como metáforas da transcendência do amor sobre a tristeza e a morte, num clima divertido de realismo mágico.” School Library Journal
O espetáculo conta com quatro atores, dois deles em seus papéis fixos: a menina e o pai, dois se desdobrando nos outros personagens como atores coringas com grande capacidade de se metamorfosear, criando o universo de possibilidades sobre o qual a história se desenrola.
O cenário também se transfigura; começa com a casa de Lizzie e Jack, uma casa “realista teatral”, e a partir do momento em que Lizzie passa a compartilhar com o pai da sua utopia, o cenário vai pouco a pouco se transformando. Ganha alturas diversas, plataforma e árvores que capturam a imaginação do espectador para realizar a esperança no vôo dos personagens.
Nesse sentido o figurino é criado com a qualidade de metamorfose, exatamente porque cada um está envolvido em sua mudança interior, e se incube de realizar a transformação necessária para a dar forma ao sonho. Pai e filha esculpem as próprias asas, bicos e caudas, o diretor da escola de Lizzie participa do concurso se equipando com fogos de artifício amarrados ao traseiro e a própria tia, a personagem racional que não acredita no sonho de Jack, se rende à confiança na realização do vôo. A luz acompanha esse movimento do cotidiano habitual para o extraordinário.
Um espetáculo rico em texturas, humor e poesia, Meu Pai é um Homem-Pássaro é indicado para toda a família, encantando os pequenos e os adultos em seu imenso campo de afetos e múltiplas camadas de entendimento.
Voar como os pássaros tem sido um sonho da humanidade desde os tempos mais remotos. Na Grécia antiga temos Dédalo e Ícaro, pai e filho que representam a nossa inventividade e sonho para alcançar tal feito, o primeiro é a mente criativa e o segundo é a liberdade sonhadora. O desejo do homem em superar as limitações físicas através da sua engenhosidade tem gerado ao longo do tempo alicerces tecnológicos cada vez mais avançados.
Depois da invenção dos dirigíveis seguida pelas aeronaves de asa fixa no início do século XX, aeronaves de várias formas e tamanhos têm sido projetadas e construídas sem pausa. Vidrado no vôo das aves, Leonardo Da Vinci no séc. XV desenvolveu projetos de máquinas de voar, um deles foi reproduzido e obteve sucesso em 2010. Santos Dumont construiu e voou os primeiros balões dirigíveis e foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina.
Paralelamente aos grandes inventores que transformaram completamente a nossa experiência de deslocamento no espaço, inúmeros curiosos e aficionados por essa ideia criam e participam de concursos, muitas vezes cômicos, com suas máquinas de voar. Máquinas de diversas formas e com todos os tipos de propulsão imagináveis, feitas em casa com muito humor e pilotadas por pessoas do mundo todo. Esses eventos, tal qual o da peça, reúnem muitos espectadores e criam um ambiente de comunhão e alegria.
Como diz a marca que criou um desses concursos: “Apertem os cintos e libertem sua imaginação.”
Direção: Juliana Terra
Assistência de direção:
Elenco: Mauricio Grecco, Valentina Bandeira, Kelzy Ecard, Claudio Mendes
Cenário: Carla Berri
Figurino: Kika Lopes
Trilha sonora:
Direção de movimento: Juliana Terra
Iluminação: Renato Machado
Arte e programação visual: Mauricio Grecco
Direção de produção: Alice Cavalcante